sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011

O governo Obama está sendo muito mais do que eu esperava.
Além de cumprir boa parte das promessas de campanha mais importantes e lutar bravamente na esfera legislativa, está ensinando a todos os jovens políticos um elemento extra importantíssimo, justamente porque é o único elemento que falta ao governo e ao presidente: energia!
O presidente Obama realmente aplicou seus conceitos pessoais na sua administração, e acredito que sua intenção era servir de uma forma técnica, produtiva, pautada na razão e em análises frias dos fatos. Também acredito que tantos fatores desfavoráveis para os EUA fizeram com que esse tipo de governo quase utópico fosse uma necessidade vital para aquele país.
Mas nunca podemos esquecer que somos seres humanos, temos defeitos, medos, angústias, qualidades e virtudes. Considero uma virtude humana a vida em sociedade, e numa sociedade, energia é algo que não pode faltar na política e nos políticos profissionais.
Sem dúvida o governo Obama tem boa quantidade de energia para ter feito tudo o que fez nesses muitos 2 últimos anos. Mas, onde está toda aquela energia dos discursos inspiradores e históricos? Onde está a mobilização das massas? Porque não se comemoram direito as vitórias?
Algo que admiro no governo Lula é a capacidade de levantar o moral da nação por qualquer boa notícia, algo que outros políticos não fazem, apenas tiram proveito cruamente.
___
Mais um ano se vai, desejo a todos um 2011 de muita perseverança e crença na política, acreditem que o seu voto é rico, e que o governo é tão bom quanto você cobrar dele, mandando emails, atuando, insistindo e também é claro, ajudando.
Abraços!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Independentes.

189° da Independência e 122° da República.

O Século XXI realmente veio para consolidar a História pós-moderna. Precisamos nos adaptar a um novo mundo, deveras.

Quem diria que o principal papel das Forças Armadas é o social? Sabemos pelas reportagens na TV das ações de cidadania desempenhadas, através da construção emergencial de pontes, ou levando remédios para ribeirinhos na Bacia Amazônica. Mas acredito que o mais interessante é saber que as Forças Armadas, e o Exército principalmente, contribuem muito para a dissolução da pobreza no Brasil empregando milhares de pessoas que não teriam oportunidades em outros lugares.

Jovens carentes tem a carreira militar como uma das melhores opções de vida. Um trabalho árduo que os afasta da ociosidade. Acredito que treinar traficantes é uma consequencia fácil de ser vencida com um trabalho psicológico por parte dos seus superiores e agentes civis. Afinal, o "jovem traficante" já está sob custódia do Estado, por vontade própria, se sujeitando a regras.

Investir nas Forças Armadas tem muitos benefícios, infelizmente o orçamento se dilui após o pagamento do soldo dos altos escalões. Apesar desse fato, sou extremamente favorável ao aumento dos investimentos nas Armas.

Sobre o assunto, vejam essa reportagem muito boa -
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1412698-5598,00-DO+ORCAMENTO+DAS+FORCAS+ARMADAS+CUSTEIA+FOLHA+DE+PAGAMENTO+DIZ+PESQUISA.html

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Transporte = Comunicação.

Cabo, satélite, 3G, terminais, GPS, TV digital, dinheiro eletrônico, wi-fi, Internet, e-comércio.
As novas tecnologias são o que possibilitam a vida na metrópole, respondendo ao imperativo da mobilidade, e conformando território híbrido moderno e clássico; físico e virtual. Estamos perante uma nova E-topia em termos urbanos. Seria necessário reinventar os espaços da arquitetura urbana?
A atual produção arquitetônica já nos mostra a transitoriedade cultural em formas flexíveis, efêmeras e desmaterializadas, com paisagens (landscapes) contendo vários estilos ao mesmo tempo. Mas, em um nível mais concreto, são cada vez mais comuns ao redor do mundo desenvolvido, os chamados "smart-spaces", espaços tecnologicamente ricos, inteligentes e interativos, que asseguram a conexão real-virtual.
No futuro da arquitetura urbana, a disponibilidade de informação a qualquer tempo será um atributo, permitindo que as pessoas possam fazer de tudo independente da localização em que se encontram. Para isso, os espaços urbanos devem ganhar em flexibilidade e versatilidade de usos. Essas pessoas, representam uma Homem que progressivamente reformula e amplia suas relações com o espaço da cidade, alterando seus modos de comunicação e pensamento, que acabam por influenciar na sua própria essência.
Parece que com as novas tecnologias o Homem volta ao modelo ancestral do nômade. Todos somos nômades, habitando cartografias múltiplas, simultâneamente distintes e próximas.
As novas tecnologias que surgem são próteses, no sentido em que ampliam a capacidade do homem, mas também alteram sua essência. As tecnologias da comunicação móvel (como o celular) ou física (como o carro) tem reformulado a essência do Homem, e portanto, o estilo de vida urbano e o montante da evolução de novos modos de cidade, e das relações humanas no território.
O transporte rodoviário é a maior rede social do mundo. Uma cidade bem preparada para o século XXI deve considerar o carro como um meio de comunicação, e interação.
Imagine que as pessoas pudessem saber qual o melhor trajeto a se fazer ao sair do trabalho às 18:30. Imagine que o seu carro te informaria ainda a relação entre os carros que determinada rua suporta e os carros que estão naquele momento na rua. Imagine ainda que o seu carro te informaria assim que você o ligasse, onde haveria um acidente, obras na pista, passeatas, ou quaisquer retenções.
As implicações positivas para a administração pública, de um projeto como esse, seriam infinitas. Saber quantos carros exatamente utilizam determinada via pública é sinônimo de grande economia de recursos para a manutenção ou reconstrução dessas vias. Saber quantas pessoas transitam por uma região seria ideal para a disponibilização de segurança adequada, por exemplo.
A questão que sempre acompanha as novas tecnologias é a quebra da privacidade individual. Em um primeiro momento, é precipitado afirmar que a informação ficaria restrita à administração pública, tendo em vista que, por exemplo, a Receita Federal não conseguiu manter o sigilo sobre informações financeiras dos cidadãos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Subterrâneo

O futuro da humanidade é embaixo da terra.

Não é ficção científica imaginar que em um futuro (não tão distante) a humanidade esteja vivendo e se desenvolvendo no subsolo, se preservando da natureza revoltada com as ações do Homem, ou ainda preservando a natureza de maiores destruições. O futuro (que já deveria ser a realidade) é simplesmente a reformulação da organização subterrânea das cidades brasileiras. Neste quesito estamos décadas atrás dos melhores países.

Podemos encontrar exemplos de sucesso em várias cidades do mundo, cada uma com um sistema adaptado ao terreno da cidade. É muito fácil achar pela internet os modelos usados por várias cidades americanas e européias. Em Chicago, por exemplo, a principal avenida, que cruza toda a cidade, foi construída inteiramente em baixo da terra. Os efeitos vão desde a diminuição do tráfego na superfície até a impossibilidade de assaltos, já que as poucas entradas são vigiadas.

Volto a dizer, esse tipo de obra é caro, demorado, e chato para quem tem que conviver com interdições no trânsito. Mas, entre as milhares de pequenas obras que vemos todos os dias para troca de canos de água, cabos de luz, cabos da Net, troca de asfalto, etc, etc, tenho certeza que qualquer cidadão prefere conviver com a obra Definitiva.

Não sou engenheiro, mas gosto muito da idéia de classificar o subsolo em níveis. Algo que é feito em todo o mundo, de forma adaptada é claro. O conceito é que o abastecimento seja feito de forma vertical (embaixo dos prédios), e não mais horizontal como é o caso dos tubos instalados sob o asfalto, que cruzam a rua para abastecer.

Consideramos que em 1 metro abaixo da superfície, seriam instalados os cabos e aparelhos necessários para luz, telecomunicações e outros. Dessa maneira, podemos eliminar completamente os fios, geradores de luz, e os próprios postes que tanto sujam a paisagem urbana carioca e brasileira em geral. Neste nível ainda estaria a tubulação de gás.

Em 5 metros abaixo da superfície seria construída uma malha para a instalação dos tubos de recolhimento do esgoto e de águas de chuvas e rios. Toda essa água deve ser direcionada artificialmente a usinas de reciclagem da água e não mais diretamente ao mar. A importância da usina de reciclagem é imensa, uma vez que a água é um bem que se tornará cada vez mais caro.

Logo abaixo, deve existir uma malha para o abastecimento de água para a cidade, que deverá receber a água das usinas de reciclagem e das de tratamento da água.

Outro conceito é evitar o desgaste do material para não existir tanta necessidade de concertos e quebradeira de ruas. O sistema que utiliza tubulação é feito para uma cidade do século 19. No século 21 devemos apostar em galerias (lembram dos filmes em que as pessoas escapam através do esgoto?), muito mais espaçosas e com manutenção fácil e barata.

E finalmente, encontraremos as formas de transporte como o metrô e a avenida de Chicago.