segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

GLORIA IN EXCELSIS DEO: CHRISTUS NATUS EST

O Natal comercial do Papai Noel, suas renas e da árvore, tem 150 anos e foi sendo forjado principalmente na Alemanha e nos Estados Unidos.

Mas sob o espírito da generosidade, bondade e principalmente da caridade, desejo que todos possamos aproveitar ao máximo as comemorações pelo nascimento de Deus. É tempo de agradecermos e de nos redimirmos pela chegada do Verbo de Deus.

Que Deus abençoe a todos, feliz Natal.

Metrópole

Carlos Lacerda escolheu usar a força para tentar curar o câncer dessa cidade que é a total e completa desorganização urbanística do Rio de Janeiro. Sem dúvida realizou grandes feitos e deixou um legado que influencia positivamente até hoje, o cotidiano de quem mora na capital e até mesmo de quem mora na região metropolitana. Entretanto, o uso da força não se conteve na dissuasão da oposição com argumentos e na vitória por votos na Assembléia do estado. A força foi usada contra o povo, que precisou ser expulso de seus locais de moradia para que a cidade pudesse ganhar presentes como a UERJ por exemplo.
Deixo bem claro que não estou criticando ou elogiando o ex-governador, naquela época talvez tenha sido a única opção possível, ou talvez tenham sido apenas obras para conquistar mais votos. É tão fraca essa percepção que nós temos de que o Estado deve fazer o que é melhor para todos, que quando isto é feito, nos parece algo ruim, talvez por influência da grande desconfiança que nós temos em relação ao Governo e da falta de transparência que o Governo demonstra ao povo.
O fato que não pode deixar de ser esquecido é que a escolha tomada por Lacerda é ainda hoje a mais plausível para realmente organizar esta cidade do Rio de Janeiro. Plausível se considerarmos outros dois elementos que não podem faltar: a vontade de empreender a mudança na infra-estrutura da cidade e o tempo.
Não há como trocar tubulação enferrujada, reformar casas e prédios horrorosos e condenados, construir mais linhas de metrô, reformar as ruas e o asfalto, etc, etc, sem que o cidadão tenha gana e tenacidade para resistir ao caos que advém do progresso.
Tempo, por quanto tempo o cidadão irá resistir e aceitar tantas obras ao seu redor e em sua própria casa? Com certeza o carioca está disposto a muito, é uma condição humana básica passar por grandes provações para atingir o bem maior e futuro para si.
O cidadão tem necessidade, tem vontade e tem o que é necessário para superar os problemas causados por tantas obras.O uso da força é plausível, mas, não há ainda, 40 anos depois de Lacerda e 80 depois de Pereira Passos uma opção melhor e mais eficaz do que maltratar cidadãos vítimas de políticos que não tinham a menor capacidade de gerir uma cidade?
Existe, e todos nós sabemos qual é, é aquela que contém estudo, preparo, transparência, informação, respeito ao cidadão e respeito aos nossos filhos, pois são eles que vão sofrer as conseqüências de nossas ações.
Se nós queremos que o Brasil se torne uma potência gloriosa, não podemos fazer obras que durem alguns anos como as que são feitas pelo atual prefeito. É nosso dever proporcionar hoje, o futuro do país, e entregar aos nossos filhos uma cidade capaz de crescer e capaz de prover o que for necessário para uma excelente qualidade de vida.
O tema é complexo e evoca o que há de melhor no brasileiro que é a predileção por grandes obras, então dedicarei um segundo texto sobre o assunto que dirá o que deve ser feito para tornar este município numa grande metrópole.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Para mudar um país.

Para mudar um país é preciso que o povo fique descontente com o governo e com isso mude de opinião em relação ao rumo das coisas, forçando assim a renovação social. Então surge a grande pergunta (sempre difícil de responder) para todos os que não gostam da atual situação política e social do Brasil: "Como encorajar um povo a mudar o país?".
Como encorajar o povo brasileiro é uma questão ainda mais difícil. Um povo como o nosso, acostumado a ouvir discursos que simplificam a política com frases de três palavras, sem verbo, declarações intelectualmente fracas inseridas numa reportagem qualquer de televisão. Sem mencionar as gírias do futebol, do samba ou de novelas. A oratória política moderna é feita disso. Discursos que servem para convencer massas com educação de má qualidade que nunca entenderiam a complexidade dos atos políticos. O povo brasileiro tem certeza de que seu único direito político é ver televisão e reclamar pra quem está do lado. Afinal, o que uma pessoa tão simples poderia fazer? E se fizesse, que diferença uma pessoa só ia fazer?
Infelizmente, os políticos que hoje têm o propósito moral de educar em seus discursos são rápidamente vistos como arrogantes, pois como a moda dita: "quem é ele para me ensinar alguma coisa?". A arrogância e a intolerância são os piores inimigos do povo brasileiro e do carioca em especial. São esses defeitos que escondem o fato mais óbvio, de que quem dita o pensamento do povo hoje é a mídia, e que a mesma não tem o menor interesse em educar civicamente, muito menos em informar o que é relevante.
Mudar o país é uma questão que só pode ser respondida em conjunto, não há uma única pessoa na História da Humanidade que não precisou de ajuda. Por isso eu quero, preciso e peço que você leitor me guie na busca pela resposta.
Abraços,
Marcus Vinícius Silva Lopes.
Fontes:
- Andrew Roberts - historiador e autor norte-americano
- Léa da Silva Cunha - pessoa do povo